Tão difícil encarar nossas maldades, reais e medonhas. Como um bichinho que fica guardado dentro do estomago e que quando alimentado após a meia noite vira um monstro horripilante, de dar medo em filme de terror.
Quando a loucura mais profunda mostra a cara dou ela à tapa. Por puro descontrole me descabelo, choro, não silencio, não deixo dormir. Quem está no controle desta maquina? O trem já vai descarrilhar...
No outro dia, de manhã, meu turno mais feliz, já não tenho coragem suficiente para liberar minha responsabilidade: neste trem aqui o maquinista sou eu. Não tenho coragem por que tenho vergonha, uma vergonha aceita, como mais uma verdade difícil de engolir.
Agora, não me pedirei para disfarçar-me de pura bondade. Essa, seria a pior das malvadezas, maldade disfarçada de delicadeza. “A bondade é a delicadeza das almas grosseiras”¹. Só me peço: olha o dia lindo que faz lá fora. Olha o amigo especial. Presta atenção! Respira! Respeita!
Silêncio!
Quando a loucura mais profunda mostra a cara dou ela à tapa. Por puro descontrole me descabelo, choro, não silencio, não deixo dormir. Quem está no controle desta maquina? O trem já vai descarrilhar...
No outro dia, de manhã, meu turno mais feliz, já não tenho coragem suficiente para liberar minha responsabilidade: neste trem aqui o maquinista sou eu. Não tenho coragem por que tenho vergonha, uma vergonha aceita, como mais uma verdade difícil de engolir.
Agora, não me pedirei para disfarçar-me de pura bondade. Essa, seria a pior das malvadezas, maldade disfarçada de delicadeza. “A bondade é a delicadeza das almas grosseiras”¹. Só me peço: olha o dia lindo que faz lá fora. Olha o amigo especial. Presta atenção! Respira! Respeita!
Silêncio!
Olha para dentro, cadê aquela que alegrava, brilhava? Fugiu de ti?
Não reconheço nada não. Por isso tenho quebrado os espelhos por onde passo, deixando em pedaços meu reflexo, procurando em algum caco me encontrar. Entre eles me estranho, meus estranhos desencontros, me perco em desvios e sinto muito.
Sinto: a menina está ai, sufocada por algum Gremlin terrível, que pula em um pé só feito saci. Ei, Guismo! Acredita em mim? Vamos salva-lá!?!
E por falar em saci, para não perder o habito da diversão, essa que pelo dicionário faz esquecer o que entristece: feliz é a mulher do saci, que quando leva um pé na bunda quem cai é ele².
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¹Fernado Pessoa
² Sabedoria popular
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